3 de novembro de 2011

Separação dos pais

A separação sempre é uma situação muito difícil e, geralmente, traumática para pais e filhos. Os filhos desejam que seus pais se deem bem e vivam em harmonia, amor e união. Ficam tristes com brigas e discussões, abatem-se com problemas. Cada um reage de um modo diferente.
Antes de optar pelo caminho da separação, é importante que os pais busquem ajuda da família, amigos, profissionais, conheçam-se melhor, tentem enxergam os lado do outro e não só o seu, pensem nos filhos.
Abaixo, dicas da Revista Crescer para minimizar o impacto na vida dos filhos no caso de a separação de fato ocorrer.

A partir dos 7 anos, as crianças conseguem formar conceitos, percebem o que está acontecendo, têm um julgamento mais apropriado da situação. Tendem a fazer muitas perguntas e a manifestar tristeza e descontentamento de maneira clara e direta. O que elas precisam? De colo.
A psicanalista Miriam Chicarelli Furini afirma que, quanto maior a criança, maiores são suas condições psíquicas para lidar com a ruptura. Mesmo assim, há o sofrimento, claro em sintomas como distúrbios de sono, alterações no comportamento, irritabilidade, desejo de se isolar, mudanças no apetite.
A escola é uma boa vitrine. Atitudes mais agressivas com amigos e professores, comportamentos mais agitados, isolamento e queda no desempenho são alguns sinais de que a criança não está bem. Por isso é fundamental que a escola seja informada do que está se passando em casa.
A rotina da criança e seu círculo social, de qualquer forma, devem ser mantidos.É importante para ela, nesta fase, ir à escola, preservar relacionamentos com amigos, ter a chance de trocar experiências, tirar a mente um pouco do ambiente familiar e sustentar as responsabilidades do dia-a-dia. Bem como é fundamental manter os eventos sociais familiares, de ambas as partes. Se o dia da festa calhar de ser em final de semana ou dia em que o combinado seja estar com o outro pai, é hora de negociar encontros substitutos. Tudo pela convivência.
No geral, tente sempre conversar. É importante deixar a criança expressar sua tristeza, sem pressioná-la para reagir positivamente. Além de falar, a criança deve ter outras maneiras para expressar seus sentimentos, extravasar, deixar fluírem suas emoções. Isso pode acontecer por meio da prática de um esporte, em atividades com arte e música e até por meio de brincadeiras. Os pais têm de ficar atentos a isso e, se notarem acriança demasiadamente fechada, uma terapia pode ser uma boa alternativa.

Revista Crescer

25 de outubro de 2011

Parque das Bicicletas

Localizado nas imediações do Ibirapuera, o Parque das Bicicletas é um local planejado especialmente para quem gosta de praticar esportes e ficar em contato com a natureza.

Com uma área total de 20 mil metros quadrados, o parque oferece, além das ciclovias, uma pista de caminhada, espaço para patins, skates, patinetes, área de lazer e quiosque.

As pistas de ciclismo são asfaltadas, possuem cerca de três mil metros de extensão e velocidade máxima permitida de 20 km/h. Espécies típicas da flora brasileira, como palmeiras, sebipirunas, ipês e pitangueiras fazem parte do ambiente.

O parque conta ainda com um bicicletário, para o aluguel de bikes, e um espaço específico para as crianças aprenderem a pedalar tranquilamente.

Atenção: Parte do Parque das Bicicletas vai virar canteiro de obras para a Linha 5-Lilás do metrô.O uso de bicicleta, triciclos e patins ocorrerá em espaço reduzido. "O Parque das Bicicletas será devolvido à população, como se encontra hoje, totalmente reurbanizado e com o paisagismo melhorado", diz a nota, que não fala em prazos.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cidades/sp/mat/2011/10/13/parte-do-parque-das-bicicletas-em-sp-vai-virar-canteiro-de-obras-do-metro-925569916.asp#ixzz1bpP21RmL
© 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.


Serviço
Endereço: Alameda Iraé, 35 – esquina com a Avenida Indianópolis
Horário: diariamente, das 6h às 22h
Tel.: (11) 3396-6543
Entrada franca

Criatividade muda a vida...

Criatividade muda a vida. Crie algo novo.

18 de outubro de 2011

Pai

O pai propicia ao filho expansão psíquica e social

A função paterna permite à criança ampliar recursos como as capacidades de elaboração, fantasia e simbolização.

Depois de vivenciar a forte parceria com a figura materna, nos primeiros meses de vida, o bebê passa a reconhecer o pai como terceiro – aquele que se interpõe entre ele e a mãe para separá-los, abrindo espaço para a entrada dos outros significativos da família. Essa inserção tem sentidos importantes para a criança, entre os quais sua introdução na cultura por meio de interdições, imposição de limites e contornos. A função paterna propicia uma espécie de abertura psíquica – tanto interna, subjetiva, como voltada para o outro, o externo –, o que permite à criança ampliar recursos como as capacidades de elaboração, fantasia e simbolização, ao mesmo tempo que expande suas possibilidades de compartilhar e diversificar relações sociais.


A identificação é um dos principais dispositivos para a vinculação do bebê ao outro e ao grupo. Inicialmente, mãe e filho se identificam. Ao reconhecer o pai, a criança passa a inspirar-se em sua imagem. Nesse processo de reciprocidade, o bebê tem condições de explorar as próprias expressões de afeto e abrir espaço para estabelecer novos laços interpessoais.


Revista Mente e Cérebro

6 de outubro de 2011

Meu filho, você não merece nada

REVISTA ÉPOCA - 11/07/11
ELIANE BRUM
A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada
   Divulgação
ELIANE BRUM
Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).
E-mail: elianebrum@uol.com.br
Twitter: @brumelianebrum

Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.


Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.


Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.


Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.


Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?


Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.


Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.


Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.


A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.


Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.


Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.


Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.


Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.


O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.


Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.


Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.


Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.


Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.


(Eliane Brum escreve às segundas-feiras.)

12 de setembro de 2011

Elogio

Elogie do jeito certo

Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos.

O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. “Uau, como você é inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!” ... e outros elogios à capacidade de cada criança.

O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!” ... e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.

Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência.

As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.

A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”. As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.

No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.

Nossos filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo... você é ético”, “filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram... você é solidária”, “isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu videogame foi muito legal, você é um bom amigo”. Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real.

Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”. Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente.

Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles. São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil.

Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.

MARCOS MEIER é mestre em Educação, psicólogo, escritor e palestrante.

29 de agosto de 2011

Livro infantil explica riscos da pedofilia
Livraria da Folha

Avaliado por educadores, livro toca na questão do abuso infantil.
Ganhar a confiança das crianças e pedir sigilo sobre o relacionamento é uma prática usada pelos abusadores. Para combater esse vínculo de silêncio, educadores concordam que a informação é a arma mais eficiente de proteção contra o abuso sexual.

O pioneiro "Segredo Segredíssimo", escrito por Odívia Barros, combina o texto direcionado ao público infantil com a seriedade que a questão exige. As ilustrações são de Thais Linhares.

Segundo a World Childhood Foundation --organização sueca que combate a pedofilia em diversos países--, especialistas avaliam que, a partir dos 5 anos, já é possível orientar a criança sobre a abordagem sexual imprópria por parte de adultos.

Creches, escolas, parques, praças, playgrounds e centros esportivos são apontados como lugares preferidos pelos pedófilos. Com a internet, as redes sociais facilitaram a ação dos abusadores.

Para saber mais, visite o site da Childhood Brasil: www.childhood.org.br




Navegar com segurança

"A internet é um ambiente democrático, dinâmico e sem fronteiras, que disponibiliza um verdadeiro universo de informações e possibilidades de comunicação ao alcance de um clique. Mas, assim como o “mundo real”, a internet não está livre de riscos.

Dessa forma, é necessário entender a dimensão pública desse espaço, acompanhar e orientar a utilização da internet pelas crianças e adolescentes, prevenindo a incidência de violações de direitos humanos e crimes como o abuso sexual on-line e a pornografia infantojuvenil na web.

Com o aumento significativo da presença de crianças e adolescentes na rede, todos nós precisamos estar atentos e ter alguns cuidados. Filtros e outros softwares de segurança podem ajudar, mas o acompanhamento presencial e o diálogo são as formas mais eficazes e, portanto, indispensáveis de proteção."

Saiba Como Agir:

(1) Seja um pai/mãe antenado(a)

(2) Seja uma escola consciente e atuante

(3) Crianças e adolescentes, naveguem protegidos!

http://www.childhood.org.br/programas/navegar-com-seguranca


20 de agosto de 2011

Influência paterna










" ToninhoCarrasqueira nasceu numa família musical. Seu pai, João Dias Carrasqueira, pintor, poeta, ator, é considerado como um dos maiores flautistas e um dos grandes professores brasileiros."Quando meu pai voltava de seu trabalho, nossa casa se transformava em uma escola de música. Com ele aprendi a tocar, como que brincando, naturalmente.

Na casa de Toninho, ouvia-se música o tempo todo. Suas duas irmãs estudavam piano e suas primas, acordeom e violão. Seu pai frequentemente realizava saraus de música clássica e rodas de choro.
Aos 14 anos, já tocando flauta, Toninho começou a se apresentar em público, ao lado de seu pai e de sua irmã Maria José, ao piano. Aos 15, Toninho Carrasqueira conheceu a professora Beatriz Dietzius, pessoa determinante em sua formação.

Entretanto, a figura fundamental na formação de Toninho Carrasqueira vem de dentro de sua casa: João Carrasqueira, seu pai. "Ele foi um flautista e mestre extraordinários. Seu som, sempre expressivo, tinha vida. Sua habilidade técnica e agilidade eram impressionantes. Conhecia profundamente o material pedagógico, livros e métodos para flauta. Sua abertura de espírito e sua técnica excepcional permitiam que abordasse com a mesma naturalidade uma sonata de J. S. Bach, um choro de Pixinguinha ou uma peça para flauta e fita magnética de Bruno Maderna. João Carrasqueira
não era somente um grande professor de música, era um mestre de vida. Seus ensinamentos me norteiam até hoje."

Entre os músicos com quem conviveu e convive, Toninho Carrasqueira destaca a importância de seu pai e seus professores, bem como do clarinetista Nailor Proveta, do bandolinista Izaias e dos violonistas Edson Alves e Maurício Carrilho. As características que mais lhe chamam a atenção em seus colegas são dedicação, humildade, generosidade, auto-confiança, busca da transcendência e alegria.
Toninho ensina música regularmente há muitos anos. É professor de flauta, música de câmara e prática de conjunto.
Desde 1986, o flautista faz parte do corpo docente do departamento de música da USP. Seus alunos são, em geral, adolescentes e jovens adultos, mas o músico gosta de dar aulas para pessoas de todas as idades. "Ensinar é sempre um desafio agradável, quando se gosta da pessoa a quem se ensina. É muito gratificante ver o aluno evoluir.
Como instrumentista, Toninho Carrasqueira tem, como características principais, a sonoridade, o timbre de sua flauta e seu jeito de frasear."

Site Músicos do Brasil


"A música é necessária à vida. Então, eu faço de tudo para que os meus alunos de flauta consigam tocar. Flautosofia é transformar o som da sua flauta em felicidade. Essa filosofia tem como objetivo maior um mundo mais belo, mais alegre, mais feliz". João Dias Carrasqueira
"Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram."

"Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo."

REVISTA ISTO É - Entrevista com Roberto Shinyashiki - N° Edição: 1879 | 19.Out.05

29 de junho de 2011

Mães Más

"Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:

- Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.

- Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

- Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".

- Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.

- Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

- Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

- Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

Estou contente, venci. Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:

- "Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...".

As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão. Ela insistia em saber onde estávamos a toda hora (ligava no nosso celular de madrugada e "fuçava" nos nossos e-mails). Era quase uma prisão! Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela "violava as leis do trabalho infantil". Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos crueis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata! Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).

Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência:

- Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.

FOI TUDO POR CAUSA DELA!

Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos "PAIS MAUS", como ela foi. EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS! "

Para meditação: "Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele." Provérbios 22:6



24 de junho de 2011

Partida

QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2011

( do blog do músico Bruno Gouveia - Biquíni Cavadão- mimevoce.blogspot.com

Para meu filho Gabriel† 10-08-08 / 17-06-11

PARTIDA

a morte de um filho
é uma gravidez às avessas
volta pra dentro da gente
para uma gestação eterna

aninha-se aos poucos
buscando um espaço
por isso dói o corpo
por isso, o cansaço

E como numa gestação ao contrário
a dor do parto é a da partida
de volta ao corpo pra acolhida
reviravolta na sua vida

E já começa te chutando, tirando o sono
mexendo os órgãos, lembrando o dono
que está presente, te bagunçando o pensamento
te vazando de lágrimas e disparando o coração,

A morte de um filho é essa gravidez ao contrário
mas com o tempo, vai desinchando
até se transformar numa semente de amor
e que nunca mais sairá de dentro de ti.

21 de junho de 2011

Espelho Nosso

"O serviço telefônico da Polícia Militar de São Paulo registra, em média, 70 ligações por dia para comunicar desentendimentos ocorridos no trânsito.
Pelo menos 20 desses conflitos acabam com violência física entre os motoristas -todo santo dia. A relação entre os casos é inevitável. Nesse mundo em que a vida é vivida com velocidade máxima e em que o outro quase sempre é um estorvo ou uma ameaça, os adultos estão dispostos a brigar por qualquer coisa a todo o momento.
O trânsito é uma oportunidade excelente para isso, já que é caótico e que consome um tempo precioso da vida das pessoas.
Por que as crianças agiriam de modo diferente, se observam atentamente tudo o que acontece no mundo adulto? A criança, de uma maneira geral, só aceita que outra seja seu par se essa estiver a serviço de seus interesses: a brincadeira que quer brincar, o passeio que quer dar, a lição que precisa fazer etc. Fora dessas situações, outra criança a atrapalha, a ameaça.
Ter de compartilhar brinquedos, conviver com a diferença e tolerar defeitos não são atos comuns entre as crianças. Poucas delas aprendem essas lições, seja na escola que frequentam seja em casa, com pais e parentes.
O curioso é que, ao observarmos a vida dos mais novos, logo percebemos que: eles brigam em demasia; exageram nas reações quando se defrontam com situações que lhes trazem dificuldades, decepções ou frustrações; não sabem administrar tampouco resolver os conflitos que a convivência provoca.
Entretanto, não temos a mesma facilidade para constatar que estamos fazendo o mesmo em nossas vidas e que, portanto, os mais novos têm aprendido conosco a agir como agem.
Se conseguirmos retirar a venda de nossos olhos e enxergar tudo o que temos ensinado a eles, talvez fique menos árdua a tarefa educativa, em família ou na escola.
Só assim teremos mais compaixão e tolerância frente aos erros que eles cometem já que, afinal, são provocados por nós mesmos."

Rosely Sayão, Folha de SP, caderno Equilíbrio
21/06/11

6 de junho de 2011

Incentive seu filho a brincar

Estabelecer um horário diário ou semanal para brincar com seu filho é o primeiro passo para garantir que ele faça esta atividade com frequência. Muitos pais lotam a agenda dos filhos com afazeres extracurriculares, o que extingue o momento da brincadeira. "Toda agenda de criança deve ter um espaço diário para não fazer nada - é aí que surge o espaço para brincar", orienta Áderson.
Participar da brincadeira dos filhos também dá uma vantagem aos pais: conhecê-los melhor. Como a criança se expressa brincando, os pais observadores descobriram as vulnerabilidades e os pontos fortes de seus filhos. "Brincar juntos aumenta o grau de confiança e o vínculo entre pais e filhos", diz. Dar brinquedos de diferentes materiais e tipos também é recomendável. Por isso, nada de entupir a menina só com bonecas e chegar com um carrinho debaixo do braço a todos os aniversários do menino. As crianças precisam experimentar de tudo. "Cada brinquedo traz uma mensagem e vai despertar o interesse e a curiosidade de alguma forma", ressalta Ruth.
O importante é o brincar, e não o brinquedo. É possível improvisar brinquedos com uma fruta, uma caixa de papelão vazia ou o que quer que esteja à mão. E não se preocupe se não puder dar a seu filho aquele carrinho movido a pilhas de última geração. "Só na visão do adulto um brinquedo eletrônico é divertido. Para a criança, brinquedo que brinca sozinho é enfadonho", completa Tião.
LABRIMP

23 de maio de 2011

Como criar filhos emocionalmente desequilibrados

Critique constantemente tudo o que seu filho faz e é...

Afinal, ele deve aprender ,com a crítica, a se superar;

Brigue e grite com seu cônjuge diariamente;

Culpe seu filho pela briga;

Preocupe-se com o ter e não com o ser, o mundo é assim;

Ensine que sucesso verdadeiro é conquistar cada vez mais bens materiais;

Fale mal de seu cônjuge para seu filho;

Seja uma pessoa rancorosa e amargurada;

Manifeste ira em seus relacionamentos cotidianos;

Não perdoe ninguém, afinal, ninguém de fato merece seu perdão;

Mostre-se sempre triste, levando o peso do mundo sobre as costas;

Não sorria, mas seja descontente e sisudo, isso é ser realista e levar a vida a sério;

Não se abra ao diálogo;

Mostre-se sempre tenso e preocupado com o futuro; lembre-se: a ordem é não relaxar nem por um segundo!

Esqueça de priorizar a sua vida em família;

Nunca dê manifestações de carinho e amor;

Não elogie nem tenha palavras doces em sua boca;

Ensine seu filho que todas as pessoas são muito más e cruéis, assim ele aprenderá bem cedo a se defender;

Não demonstre respeito e afeto pelo seu cônjuge na frente do seu filho;

Seja sempre mal-humorado;

Pronuncie palavras duras e ásperas com frequência;

Seja inflexível, isso é mostrar força e poder;

Não se abra para aprender a amar e a educar seu filho;

Nunca reconheça seu erro, mas culpe os outros por tudo, principalmente seus filhos e seu cônjuge;

Não seja grato pela vida, nem ensine a gratidão pela saúde, pela comida, pelas pequenas coisas;

Nunca peça perdão, afinal, isso é sinal de fraqueza;

Ensine seu filho que ele sempre tem razão, em todas as circunstâncias;

Nunca discipline seu filho, muito menos com amor;

Não perca tempo ensinando a seu filho que Deus o ama e cuida dele, você tem coisas muito mais importantes e urgentes com que se preocupar na vida;

Muito mais que palavras, as crianças necessitam desesperadamente de modelos de amor, perdão, caráter e estabilidade emocional e espiritual. Isso é o que elas vão levar como exemplo para as suas vidas.

Seja um exemplo positivo e marcante na vida de seu filho, deixando-se moldar pelo amor e caráter de Deus a cada dia.

Fabiana N. Ilario

16 de maio de 2011

Dez direitos dos pais

1. Não se omitir quando o filho agir de forma que possa prejudicar outras pessoas, animais e/ou o meio ambiente. Agir com segurança, porém sem agressões físicas, sem medo de causar “traumas e frustrações”.
2. Procurar fundamentar e definir, de preferência sempre através de um diálogo franco e direto, normas e regras de conduta que regerão o dia a dia da família. Se, no entanto, o diálogo não funcionar, cabe aos pais a palavra final sobre qualquer tema, até que os filhos se tornem independentes do ponto de vista físico, emocional e financeiro.
3. Se necessário, pais podem proibir comportamentos, atitudes e até alguns tipos de roupas que coloquem em risco a segurança e dignidade dos filhos. Podem também cortar algumas regalias, como a mesada, por exemplo, se perceberem uso indevido das mesmas.
4. Pais têm o direito de questionar, acompanhar e até mesmo vigiar ou buscar provas concretas no espaço privado dos filhos, caso percebam sinais que indiquem possibilidade de envolvimento dos filhos com drogas ou outras práticas ilegais.
5. Os pais não devem se intimidar com a prática bastante comum de os jovens transformarem seus quartos em fortalezas indevassáveis. Sempre que tiverem em bom motivo - e ainda que não sejam bem-vindos –, têm o direito de entrar para verificar o que está ocorrendo.
6. Liberdade para fazer o que se quer da vida tem limite. Os pais devem exigir que os filhos estudem para garantir um mínimo de rendimento, como contrapartida ao direito de receber educação e profissionalização; podem, por isso mesmo, fazer sanções se perceberem que os filhos não estão cumprindo seus deveres.

7. Os pais podem frear o apetite consumista dos filhos, através de conversas e/ou atos. Uma coisa é comprar um tênis ou uma jaqueta por necessidade; outra bem diferente é aceitar exigências quanto a marcas e grifes por capricho ou influências da sociedade de consumo.
8. Ter conversas sérias sobre sexo é uma necessidade essencial nos dias atuais. Se o adolescente se negar a ouvir alegando “já ter conhecimento de tudo”, os pais podem exigir ainda assim, que sejam ouvidos sobre DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), gravidez precoce, bem como sobre as regras que regem a casa. Os pais não têm obrigação de aceitar que os filhos mantenham relações sexuais em casa por imposição dos filhos, apenas devido ao fato de outras famílias o permitem. Cada família tem o direito de viver de acordo com sua visão de mundo.
9. Ter resultados positivos na escola, não é um prêmio para os pais - o adolescente está apenas cumprindo seu dever. Pais não são obrigados, portanto, a proporcionar luxos - como viagens ao exterior quando o filho passa de ano ou carro zero como prêmio por entrar na faculdade. A não ser que o desejem fazer por iniciativa própria.
10. Pais têm direito a um mínimo de vida pessoal. Pelo menos de vez em quando, não devem se privar de um jantar a dois ou de uma viagem curta sem a presença dos filhos, se têm com quem os deixar em segurança e protegidos. E também não precisam se sujeitar à tirania da agenda inflada dos adolescentes nos finais de semana. Saber fazer opções sem que isso resulte numa frustração absurda é uma aprendizagem fundamental para a vida.
_______________________________
(*) Adaptado de Zagury, T. Os Direitos dos Pais, Construindo cidadãos em tempos de crise. Record, RJ, 2005.
(**) Filósofa, Escritora, Mestre em Educação e Conferencista.

15 de maio de 2011

Dez deveres dos pais

Ninguém – seja criança, jovem ou adulto - pode ter apenas direitos ou somente deveres. Pais e filhos têm direitos e deveres.
Os direitos dos pais não excluem os dos filhos, assim como os deveres dos pais não impedem que os filhos também tenham deveres, porque... A base de uma sociedade democrática repousa no equilíbrio entre direitos e deveres.
Parece que , atualmente, muitas pessoas ignoram (ou esquecem) que a cada direito alcançado há, em contrapartida, um dever que lhe é correspondente. Leia, a seguir, alguns exemplos dos direitos e dos deveres dos pais em relação aos filhos:

DEZ DEVERES

1. Dar amor
2. Proteger
3. Criar condições que propiciem segurança física e psicológica
4. Criar condições para o desenvolvimento intelectual pleno
5. Promover condições no entorno familiar que permitam o desenvolvimento do equilíbrio e da inteligência emocional
6. Subsidiar e promover vivências concretas que possibilitem o caminhar para a independência financeira
7. Zelar pela saúde física e mental
8. Dar estudo e profissionalizar
9. Estruturar o caráter
10. Formar eticamente (ensinar valores)





Tânia Zagury. Os direitos dos pais - construindo cidadãos em tempos de crise. Record, RJ, 2005.

12 de maio de 2011

Filhos melhores

Na escola em 1969 e em 2009...

"Todos pensam em deixar um planeta melhor para os nossos filhos... Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"


Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro da própria casa e recebe o exemplo dos seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive.

MUSEU DO BRINQUEDO







Você sabia que há, em São Paulo, um museu de brinquedos? Poucas pessoas ouviram falar dele.

Chama-se MEB, Museu da Educação e do Brinquedo, e fica na Universidade de São Paulo.
O museu é aberto ao público e a entrada é gratuita. Um ótimo programa para toda a família!
Informe-se sobre os dias e horários de visita pelo site:



























10 de maio de 2011

Objetivos do brincar

A literatura e as pesquisas demonstram que brincar tem três grandes objetivos para as crianças: o prazer,a expressão dos sentimentos e a aprendizagem.

"Brincando, a criança passa o tempo, mostra aos pais e professores sua personalidade e descobre informações", resume Áderson Costa, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília. Crianças menores, mesmo na companhia de outras, costumam brincar sozinhas. Para elas, o ideal são brincadeiras que estimulem os sentidos. Através deles, elas exploram e descobrem cores, texturas, sons, cheiros e gostos.Por volta dos 3 anos elas desenvolvem outro tipo de brincadeira: o faz de conta. Imitar situações cotidianas - como brincar de casinha ou fingir que é o motorista de um ônibus - permite que as crianças se relacionem com problemas e soluções que passam do fazer imaginário para o aprender real. A partir dos 5 anos, os pequenos estão aptos para incluir o outro nas brincadeiras."É a fase em que elas deixam de brincar ao lado de outras crianças e passam a brincar com outras crianças", explica Maria Angela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar da Pontifícia Universidade de São Paulo.Vale lembrar que o desenvolvimento infantil é individual. Algumas crianças começam a brincar com outras mais cedo, outras mais tarde - não há motivo para preocupação.

LABRIMP

8 de maio de 2011

A importância do brincar

O princípio VII da Declaração Universal dos Direitos da Criança, aprovada por unanimidade pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1959, já estabelece: toda criança tem direito ao lazer infantil. Brincar é essencial para o desenvolvimento do seu filho - e o valor da brincadeira não pode ser subestimado.
Brincar tem um viés que vai muito além da simples fantasia. Enquanto um adulto vê apenas uma criança empilhando bloquinhos, para o pequeno aquilo significa experimentar as possibilidades de construir e conhecer novas cores, formatos e texturas. "Para a criança, brincar é um processo permanente de descoberta. É um investimento", explica Tião Rocha, antropólogo, educador popular e folclorista, fundador do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento, em Minas Gerais.
"A criança que brinca vai ser mais esperta, mais interessada e terá mais facilidade de aprender - tudo isso de forma natural", diz Ruth Elisabeth de Martin, pedagoga e educadora do Labrimp (Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos da Universidade de São Paulo).

FONTE: LABRIMP

7 de maio de 2011

Ensinar ética

So­mos felizes assim, respeitando e tendo algumas regras básicas na vida. Especialmente se aprendemos a amar o outro e não apenas a nós próprios. E, nós, os pais, queremos muito ver nossos filhos cres­cendo no rumo da felicidade, não queremos? Então te­mos de ajudá-los nisso. Porque ninguém, ao vir ao mun­do, sabe o que é certo e o que é errado. O ser humano, ao nascer, não tem ainda uma ética definida.

E somos nós, especialmente nós, os pais, que temos esta tarefa fundamental e espetacular — passar para as novas ge­rações esses conceitos tão importantes e que conferem ao homem sua humanidade.

Tânia Zagury. Limites sem trauma. Record.

Veja o vídeo CHILDREN SEE, CHILDREN DO:

http://youtu.be/6JfHB2cruJU


RECADOS DE DEUS