29 de agosto de 2011

Livro infantil explica riscos da pedofilia
Livraria da Folha

Avaliado por educadores, livro toca na questão do abuso infantil.
Ganhar a confiança das crianças e pedir sigilo sobre o relacionamento é uma prática usada pelos abusadores. Para combater esse vínculo de silêncio, educadores concordam que a informação é a arma mais eficiente de proteção contra o abuso sexual.

O pioneiro "Segredo Segredíssimo", escrito por Odívia Barros, combina o texto direcionado ao público infantil com a seriedade que a questão exige. As ilustrações são de Thais Linhares.

Segundo a World Childhood Foundation --organização sueca que combate a pedofilia em diversos países--, especialistas avaliam que, a partir dos 5 anos, já é possível orientar a criança sobre a abordagem sexual imprópria por parte de adultos.

Creches, escolas, parques, praças, playgrounds e centros esportivos são apontados como lugares preferidos pelos pedófilos. Com a internet, as redes sociais facilitaram a ação dos abusadores.

Para saber mais, visite o site da Childhood Brasil: www.childhood.org.br




Navegar com segurança

"A internet é um ambiente democrático, dinâmico e sem fronteiras, que disponibiliza um verdadeiro universo de informações e possibilidades de comunicação ao alcance de um clique. Mas, assim como o “mundo real”, a internet não está livre de riscos.

Dessa forma, é necessário entender a dimensão pública desse espaço, acompanhar e orientar a utilização da internet pelas crianças e adolescentes, prevenindo a incidência de violações de direitos humanos e crimes como o abuso sexual on-line e a pornografia infantojuvenil na web.

Com o aumento significativo da presença de crianças e adolescentes na rede, todos nós precisamos estar atentos e ter alguns cuidados. Filtros e outros softwares de segurança podem ajudar, mas o acompanhamento presencial e o diálogo são as formas mais eficazes e, portanto, indispensáveis de proteção."

Saiba Como Agir:

(1) Seja um pai/mãe antenado(a)

(2) Seja uma escola consciente e atuante

(3) Crianças e adolescentes, naveguem protegidos!

http://www.childhood.org.br/programas/navegar-com-seguranca


20 de agosto de 2011

Influência paterna










" ToninhoCarrasqueira nasceu numa família musical. Seu pai, João Dias Carrasqueira, pintor, poeta, ator, é considerado como um dos maiores flautistas e um dos grandes professores brasileiros."Quando meu pai voltava de seu trabalho, nossa casa se transformava em uma escola de música. Com ele aprendi a tocar, como que brincando, naturalmente.

Na casa de Toninho, ouvia-se música o tempo todo. Suas duas irmãs estudavam piano e suas primas, acordeom e violão. Seu pai frequentemente realizava saraus de música clássica e rodas de choro.
Aos 14 anos, já tocando flauta, Toninho começou a se apresentar em público, ao lado de seu pai e de sua irmã Maria José, ao piano. Aos 15, Toninho Carrasqueira conheceu a professora Beatriz Dietzius, pessoa determinante em sua formação.

Entretanto, a figura fundamental na formação de Toninho Carrasqueira vem de dentro de sua casa: João Carrasqueira, seu pai. "Ele foi um flautista e mestre extraordinários. Seu som, sempre expressivo, tinha vida. Sua habilidade técnica e agilidade eram impressionantes. Conhecia profundamente o material pedagógico, livros e métodos para flauta. Sua abertura de espírito e sua técnica excepcional permitiam que abordasse com a mesma naturalidade uma sonata de J. S. Bach, um choro de Pixinguinha ou uma peça para flauta e fita magnética de Bruno Maderna. João Carrasqueira
não era somente um grande professor de música, era um mestre de vida. Seus ensinamentos me norteiam até hoje."

Entre os músicos com quem conviveu e convive, Toninho Carrasqueira destaca a importância de seu pai e seus professores, bem como do clarinetista Nailor Proveta, do bandolinista Izaias e dos violonistas Edson Alves e Maurício Carrilho. As características que mais lhe chamam a atenção em seus colegas são dedicação, humildade, generosidade, auto-confiança, busca da transcendência e alegria.
Toninho ensina música regularmente há muitos anos. É professor de flauta, música de câmara e prática de conjunto.
Desde 1986, o flautista faz parte do corpo docente do departamento de música da USP. Seus alunos são, em geral, adolescentes e jovens adultos, mas o músico gosta de dar aulas para pessoas de todas as idades. "Ensinar é sempre um desafio agradável, quando se gosta da pessoa a quem se ensina. É muito gratificante ver o aluno evoluir.
Como instrumentista, Toninho Carrasqueira tem, como características principais, a sonoridade, o timbre de sua flauta e seu jeito de frasear."

Site Músicos do Brasil


"A música é necessária à vida. Então, eu faço de tudo para que os meus alunos de flauta consigam tocar. Flautosofia é transformar o som da sua flauta em felicidade. Essa filosofia tem como objetivo maior um mundo mais belo, mais alegre, mais feliz". João Dias Carrasqueira
"Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram."

"Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo."

REVISTA ISTO É - Entrevista com Roberto Shinyashiki - N° Edição: 1879 | 19.Out.05