26 de abril de 2011

Excesso de tevê em crianças

Ver muita televisão pode provocar graves problemas de saúde nas crianças, como obesidade, diabetes, autismo e puberdade precoce nas meninas, afirma um estudo publicado na revista britânica Biologist.

A pesquisa, realizada a partir da análise de 35 estudos científicos anteriores, identifica 15 efeitos negativos que a televisão pode causar nos menores.

O diretor do estudo e membro do Instituto de Biologia do Reino Unido, Aric Sigman, alerta que os perigos decorrentes de uma grande exposição à TV são tantos que esta "deveria ser proibida" para as crianças com menos de 3 anos.

Além disso, Sigman acredita que é preciso "restringir severamente" a televisão mesmo quando os menores crescem, pois o simples ato de olhar para tela, independentemente do conteúdo exibido, pode fazer mal à saúde.

Segundo a pesquisa, reduzir o número de horas passadas em frente à televisão deveria se tornar uma prioridade, pois as crianças de seis anos do Reino Unido já desperdiçaram, em média, um ano inteiro de suas vidas diante da telinha. "Permitir que as crianças continuem assistindo a tanta televisão demonstra uma falta de responsabilidade por parte dos pais", afirma Sigman.

O especialista diz que uma exposição excessiva à TV pode causar miopia, dois tipos de diabetes diferentes, transtornos de sono e câncer. A pesquisa alerta que ver televisão suprime a produção de melatonina, um hormônio que desenvolve funções relacionadas ao sistema imunológico, ao ciclo do sonho e ao início da puberdade.

Segundo estudos anteriores, as meninas atingem a puberdade "muito mais cedo" do que em 1950, porque atualmente pesam mais do que naquela época. Sigman também afirmou que, "provavelmente", a redução dos níveis de melatonina causada por assistir a muita televisão também influencia.

"Seremos, em última instância, os responsáveis pelo maior escândalo de saúde de nosso tempo", alerta Sigman, que diz que cada hora de televisão em excesso entre os 20 e os 60 anos aumenta o risco de desenvolver Alzheimer.

19 de fevereiro de 2007 http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1421486-EI8147,00.html

Excesso de TV e internet pode afetar saúde de crianças, diz estudo

Exposição à mídia está vinculada a obesidade e fumo, segundo pesquisa. Ligação a problemas de deficiência de atenção, porém, não é tão firme.

Da Reuters

Passar muito tempo assistindo TV, jogando videogames e navegando pela internet faz com que as crianças fiquem mais sujeitas a diversos problemas de saúde, entre os quais obesidade e fumo, disseram pesquisadores norte-americanos nesta terça-feira (2).

Especialistas do National Institutes of Health dos Estados Unidos, da Universidade Yale e do California Pacific Medical Center analisaram 173 estudos conduzidos desde 1980, em uma das mais abrangentes avaliações já realizadas sobre a maneira pela qual a exposição a fontes de mídia pode afetar a saúde de crianças e adolescentes.

Os estudos, a maioria dos quais realizados nos EUA, se concentram em televisão, mas alguns também consideram videogames, filmes, música e uso de internet e computadores. Três quartos das avaliações apontam que consumo mais alto de mídia está associado a resultados negativos de saúde.

Os estudos oferecem fortes indícios de que as crianças com mais exposição à mídia têm maior propensão à obesidade, ao fumo e a iniciar atividades sexuais mais cedo do que as crianças que passem menos tempo diante de uma tela, dizem os pesquisadores.

Outras pesquisas apontam que mais exposição à mídia também está vinculada a uso de álcool e drogas e desempenho escolar mais baixo, mas os indícios quanto a um vínculo a problemas de deficiência de atenção e hiperatividade não são tão firmes, eles apontam.

"Acredito que o número de pesquisas que demonstram esse impacto negativo de saúde tenha sido uma surpresa", disse o médico Ezekiel Emanuel, do NIH, um dos pesquisadores responsáveis pelo relatório divulgado pela organização sem fins lucrativos Common Sense Media, em entrevista por telefone.

"O fato de que a questão da quantidade talvez importe mais que o conteúdo em si também é causa de preocupação. Temos uma vida de alta saturação de mídia, no século 21, e reduzir as horas de exposição será uma questão importante", acrescentou.

02/12/08

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